Fly voava muito mais baixo
Que uma minhoca sob minha sandália

Zeca se atirava da
janela
Vomitava na
boca da menina banguela

Sanduí­che de
arroto era o sabor do momento
O
RAP do faminto era o som do sucesso

Levitávamos
sobre esgoto aberto

Que saudade da aurora da minha vida
Da
minha juventude perdida
Do
cara que ia ao cinema
Ria, mas nada entendia
E o
nada a volta não o entediava
Merda na
minha peneira
Coca-cola na
minha chaleira
Chá de gente azeda
Roupa colorida de gente amarela
Fogo arrepiado da menininha fresca
Daquelas
que cheira a leite
Mas com bafo de chiclete, nicotina e cerveja.
90’s (chiclete, nicotina e cerveja)

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