Quando me amarás corretamente?
Desde quando escutaste o meu suplício?
Cruza os dedos às armadilhas da aurora.
Fecha os olhos aos relatos de maus pressentimentos.
Gemem as canções na madrugada infindável
O meu lamento harmonizando à tua partida.
Quem empresta a pele a ferro quente marcar
A dor que insisto em não querer sentir só?
Retraia desejos, esconda medos.
Que agora eu quero sufocar
Faça-me brinquedo, exclua meu ego.
Tenho agora anos a menos pra sonhar!
A asfixia é a noiva da concentração
A obviedade toma o lugar da explicação
O óbvio não existe meu pequeno amor
Invenção de quem quer manipular
Então me diz:
Qual é sobrenome de tua nova família?
Quais são os cheiros e as texturas da tua nova morada?
Quem obstruiu os caminhos que nos levavam às intermitentes emoções?
Quem arrancou as placas das persistentes razões?
canção para nenhuma voz
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