você chama
acho que você me chamou...
acho que você chama e bate em minha porta-chama
mas não é você
é dor-odor sem tempero de deus ou paixões.
tenho alucinação???
o tempo necessita de algo novo pra sê-lo
morcegos saem de minha cabeça
fatos marcam um novo ciclo
quem decidirá pela vida nesta gruta
e ficará com a falsa impressão de felicidade
na mais completa escuridão da luz tão antiga e sem demonstração de cansaço?
durante os instantes infortúnios e a solidão desesperada comuns em dias ferventes e duradouros
moinhos me levam a um mundo mais profundo
degradação de meu corpo imundo
e uma garrafa de vinho que nos espera à vinagrete.
comprei um chocolate pra ti e não consegui entregar - nem comer
não é você quem atende ao telefone
e são duas e quarenta e nove da manhã
saí do meu pranto e subi ladeiras com o peso das pernas
raro é o que moveu por duas horas dizem-me "esperança!"
pilhas acabam
são as primeiras a morrer
plásticos duram muito mas não movem-se sozinhos.
um sorriso de plástico
uma bebida dar cor de chorume
um fundo branco de backstage moderno e careta
e alguns figurantes de um breve instante eterno
(são duas e quarenta e nove da manhã há vinte e um minutos atrás)
traição é dom e voa na gruta-cabeça
por fim nada aconteceu mais uma vez
e o que sinto é inexistente tanto quanto meu sangue fígado lençol odor para-brisa-de-celular e o queijo gouda
(são duas e quarenta e nove da manhã há vinte e um minutos atrás mais outros seis.)
das dores que sinto só quero uma
(mais exato minuto se passa):
o futuro escandalosamente temperado
cada um com seu cada qual e fantasmas pra depois
acho que você chama e bate em minha porta-chama
mas não é você
é dor-odor sem tempero de deus ou paixões.
tenho alucinação???
o tempo necessita de algo novo pra sê-lo
morcegos saem de minha cabeça
fatos marcam um novo ciclo
quem decidirá pela vida nesta gruta
e ficará com a falsa impressão de felicidade
na mais completa escuridão da luz tão antiga e sem demonstração de cansaço?
durante os instantes infortúnios e a solidão desesperada comuns em dias ferventes e duradouros
moinhos me levam a um mundo mais profundo
degradação de meu corpo imundo
e uma garrafa de vinho que nos espera à vinagrete.
comprei um chocolate pra ti e não consegui entregar - nem comer
não é você quem atende ao telefone
e são duas e quarenta e nove da manhã
saí do meu pranto e subi ladeiras com o peso das pernas
raro é o que moveu por duas horas dizem-me "esperança!"
pilhas acabam
são as primeiras a morrer
plásticos duram muito mas não movem-se sozinhos.
um sorriso de plástico
uma bebida dar cor de chorume
um fundo branco de backstage moderno e careta
e alguns figurantes de um breve instante eterno
(são duas e quarenta e nove da manhã há vinte e um minutos atrás)
traição é dom e voa na gruta-cabeça
por fim nada aconteceu mais uma vez
e o que sinto é inexistente tanto quanto meu sangue fígado lençol odor para-brisa-de-celular e o queijo gouda
(são duas e quarenta e nove da manhã há vinte e um minutos atrás mais outros seis.)
das dores que sinto só quero uma
(mais exato minuto se passa):
o futuro escandalosamente temperado
cada um com seu cada qual e fantasmas pra depois
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