Os dinossauros dominaram o mundo
Os homens hoje governam quase tudo
E os micróbios irão nos comer
Hantavírus
Nunca mudei meus planos
Nunca mudei meus planos
Nunca mudei meus planos

Como” e “por quesão os meus pesadelos.
Nunca mudei meus planos

Carrego
sempre o mesmo sonho
Curioso que eu sempre quase o alcanço
Eu sempre quase consigo
Meu quase inatingível êxito

Como e por que largar meus sonhos
Se
eu sempre quase os realizo?

É o
que me mantém vivo:
Talvez eu morra de sonho.
Talvez eu morra de planos
Talvez isto eu consiga.

Pois acordado eu não vivo e nunca mudei meus planos.
sou burro e vivo dormindo
Repare em meu eu
Meu eu que fala e escreve
E
sonha

Repare
em meus sonhos
Talvez exclamarás
Mas não reclamarás
Pois é como se os seus dedos fossem os meus

Reparem
em meu eu
Nos lugares lindos
Que imagino
Com o céu árvores e homens
No
orgasmo, na magia
Ao
qual podemos alcançar

O
está bem aqui!
O
infinito é um lugar perto.
verás a alvorada
Aqui não vês nem o crepúsculo...

realidade
Às vezes me sinto como se fosse mais um coração solitário
No
banco de trás de um ônibus que ninguém me olha
Apenas às vezes.

Nunca outra coisa que não seja vezes.

Porque
Todos os tempos são momentos
E
a vida é singular
sobre meus espíritos
Fly voava muito mais baixo
Que uma minhoca sob minha sandália

Zeca se atirava da
janela
Vomitava na
boca da menina banguela

Sanduí­che de
arroto era o sabor do momento
O
RAP do faminto era o som do sucesso

Levitávamos
sobre esgoto aberto

Que saudade da aurora da minha vida
Da
minha juventude perdida
Do
cara que ia ao cinema
Ria, mas nada entendia
E o
nada a volta não o entediava
Merda na
minha peneira
Coca-cola na
minha chaleira
Chá de gente azeda
Roupa colorida de gente amarela
Fogo arrepiado da menininha fresca
Daquelas
que cheira a leite
Mas com bafo de chiclete, nicotina e cerveja.
90’s (chiclete, nicotina e cerveja)
Todas as manhãs
Acredito:
não morrerei.
Sempre sei que a dor não deixa
As
histórias são sempre as mesmas

Mas se um dia eu possuir­ qualquer valor
Eu prometo que as quitarei.
Mesmo com as moras do dia-a-dia
Bênçãos exigidas também.

E
como poderemos ser tantos se força maior tem quem não existe de tão minúsculo ser?
Ou
Seria
tão grandioso: nós intimamente í­nfimos em Seu interior?

Perdidos
pela selva de falta de razões,
Sonhando
como mendigos em dia de sexta-feira,
Não comerei de fato as frutas que não estão maduras.
É
difícil ter até qualquer noção:
Todas as modas passam,
A
moda não.
suicidas em baixa
As densas e tensas emoções
Calam-me
nexo a nexo compaixões
Faltam-me
ontem antecipadamente
Num
inverno sem verão

Falham-me
conquistas
Esboçam-me no
papel
Viagens retocadas

Viagens retocadas
São meras apresentações
A
querubins fatigados em fatias em conservas enfim:
não durmo de dia quando nãonoite.
não beijo um homem quando nãomulher.
sobre diferentes criaturas
Sinto raiva ao vê-la
Chorar e lágrimas que correm
Caninos femininos contraídos
A
dor dela no maxilar
Raiva do suspiro breve antes soluço
Pedindo
forças para não rir enquanto pranto rola
Olhar fora de foco
Cabeça baixa.

Dor não vem. Vem tristeza repentina
Em minutos: breve sorriso falso
Verdade. E tudo cansa:
Saliva jogada fora, lágrimas que vão aos dias, às semanas.
Não consumo mais lágrimas mentirosas
Suas não acredito e insuportável é tua dor de brincadeira
tempos chorávamos juntos hoje apenas raiva
Não é possível indignar-se todos os dias
E
todos os dias as mesmas coisas
Impossível carregar tua dor e sem sentido
Pra esse circo: pena
Pra essa pena: circo
Mas tambémnada a mais.
quebra
Novo apartamento deixado num hotel
E discutível oficial pertencimento
Solta e volta
Coloca as mulheres no porto
Contra-informação no depósito das autoridades
A esposa no noticiário é imperatriz
Mas na ajuda militar viajamos para o ocidente gastando o dinheiro
E o grupo dispendioso dos estudantes sai de carro...
O último carro é o dos acusados e quando chegam ao portão verificam se há alguém
Muito quente a nossa operação
E o advogado de defesa com sua experiência vietnamita
Ovaciona a bomba
Na cela agorapolícias detidos
Amém.
fila para a arena
Deus
E
um pouco mais de solução
Pra me transformar num ser saudável
-Diz
que agora tenho salvação
E
que as drogas não me dão valor!

Posso
agora ser um alguém?
Podem
agora me amar também?
Sei
que não tenho dois corações
Nem minha família é uma
Pois ela mesma nunca existiu
E
agora dizem para eu ser fiel
Agora, quando até vira-lata possui !
trash-core
Flores exalam o entardecer
Pesa em nossas costas a hora de almoçar
Os ólheos ardem
Droga! Seria necessário chorar.
Mortos na hora de acordar
Bêbados não conseguirriremos escovar nossos dentes
Bom comer.
Às merdas das
flores!
Necessário limpar nossas bocas com papel higiênico.
Rir para não chorar.
surpresa: você também está morto!
Atirei como podia os brasis na geografia
Propor à criação uma aplicação
De governo não cinegético
E olhem que foi bastante reiterado:
ou goza ou fode-se!
e como dizia a luz anti-divina
estranha matemática a cidade
parece então que a viagem
é um cair de ficha
num caderno de anotações de experiências científicas
Procuro a saída ou se tornaram estúpidas
os anos de serviço atingisse os 95.
Orçamento de merda esboroando no banheiro
Sob tapetes estendidos de puro ouro
Mas eu no carro quero a estrada
É minha inclinação e mais 5 minutos pro bem
Meu bem de exercícios plenos de direito!
Por mais que sofra.
São anos tratados como flor de um belo jardim
E, no final de contar, impedem-me
de buscar coisa nenhuma
à censura
“Se eu soubesse escrever poemas
Eu escreveria.
Nunca fiz travessuras
Nem sei desenhar
Matar baratas: ... Ih! Quando consigo!
tempos, há tempos,
Que conseguia beber.
Por que fumar maconha se não sei preparar?
E trepar além de fazer filho
Faz mal a saúde
Jogar peão não sei e nem sei se é assim que se fala
Será rodar?
Dançar sozinho de qualquer jeito é fácil
Difícil é conquistar nos passos.
Absolutamente não tenho ouvido
E pra quê se não sei tocar?”
Gritam ao fundo:
- Meu inglês é pra tracunhá...!!!
-Hein????
vacations
Ela chegando bêbada, mas sem os olhos trocados - comuns de quando ela está.
- Este perfume é o que sempre uso, e você gosta!
Ele (sentindo o chifre e solavancos, mas sem perder o prumo):
- Eu bebo porque, se fosse sólido, como sapo engoliria também solavancos.

sapos e solavancos
Que observei
com a imaginação no exame dos resultados
os valores de K.
Porém escutei
se não houver nenhum dado
o jovem e sua família
Depois que os sistemas de proteção
Pagas pela traição
- o que é fundamental -
sofrerão a deterioração das condições dos inevitáveis
A maioria dos homens, mulheres, crianças e seres humanos
A meu modo de ver isto
Eu não enxergo muito bem
Jaci é visto
E meu humor advém e somente
Pela manhã tão logo
Transpondo em intervalos
1999-2
Sabes o que fizeste?
Não me livrastes da dor
Não da dor da separação
Mas a dor do desamor

cicatriz
Por que tu não se embriaga comigo?
Por que tu não perde a hora por mim?
Por que tu não és irresponsável pra mim?
Não te proibi
Mas sabias que eu não queria que tu foste!
A possibilidade existe igual predisposição:
Não disseste não, disseste que não sabia.
Voltou por que?
Não queria ser tua lucidez e sim loucura
Eu é que não deveria estar aqui!

pré-texto/tensão